Zoo
Espertos e tagarelas!
Todo mundo já sabe que os golfinhos são muito inteligentes e brincalhões, mas o tempo todo os cientistas se surpreendem com novas descobertas sobre esses bichos. Pesquisas atuais indicam que eles têm um sistema de comunicação mais avançado do que se pensava , que é quase como um idioma próprio.
Quando estão em turma, eles emitem vários tipos sons e há quem acredite que eles assim conseguem expressar idéias e trocar informações. Ninguém conseguiu decifrar inteiramente essa linguagem, mas, mesmo sem falar golfinhês, os estudiosos descobriram uma pista incrível: parece que cada golfinho da turma tem um nome próprio. Ao reproduzir e alterar alguns ruídos gravados durante um papo de uma turma de golfinhos nariz-de-garrafa, os biólogos perceberam que determinados tipos de som chamavam a atenção de apenas um elemento do grupo de cada vez. É como se eles respondessem quando são chamados pelo nome. Os sons misteriosos parecem assobios agudos, que duram menos de um segundo e são difíceis de diferenciar para os ouvidos humanos.
Ainda há muito o que investigar sobre o assunto, mas os biólogos acreditam que logo ao nascer o filhote ganhe um nome de sua mãe. Aí ele e os outros companheiros da turma aprendem esse nome e passam a reproduzir esse som.
É a mãe também quem alimenta o bebê com seu leite, já que ele é um mamífero, e ensina a primeira lição importante de sua vida, empurrando o recém-nascido até a superfície da água para que ele respire. É que, ao contrário do que acontece com os peixes, os golfinhos não conseguem retirar oxigênio da água e precisam subir para respirar após cada mergulho.
Turma poderosa
Há pelo menos 32 espécies de golfinhos , a maioria vive em bandos que podem ter menos de dez ou até mais de mil bichos. Velozes e espertos, eles nadam grandes distâncias em grupo. Os jovens maiores e mais fortes ficam em volta, protegendo os filhotes e os nadadores mais lentos, que vão no meio. Se houver alguém ferido na turma, sempre há um outro golfinho por perto.
Em suas jornadas, eles usam uma estratégia de localização que permite o deslocamento rápido e seguro mesmo durante a noite. Esse sistema é chamado de ecolocalização e funciona com a emissão de uma série de sons curtos parecidos com o barulho de bater a mão na porta. Esses barulhinhos viajam muito rápido pela água e quando batem contra algum obstáculo voltam para o golfinho, que pode então avaliar a distância entre ele e o perigo e desviar a tempo. O sistema é tão rápido e eficiente que os golfinhos o utilizam também para localizar os peixes dos quais se alimentam. E nem é preciso abrir a boca ou soltar ar para emitir o som. Essa é uma grande vantagem para um animal que precisa segurar a respiração debaixo da água.
Quando se deparam com predadores, eles também apostam na união para se defender. Até porque seus inimigos não se brinca com tubarões. Se percebem alguma ameaça, os golfinhos atacam em turma, golpeando o tubarão para deixá-lo desorientado e muitas vezes se livram do perigo.
Show de acrobacias
Quando nadam em grupo, os golfinhos pulam acima da superfície da água muitas vezes. E não são saltos comuns: alguns dão várias piruetas, outros vão bem alto e mergulham, enfim, eles parecem fazer várias acrobacias diferentes, Os cientistas não sabem ao certo por isso acontece. Pode ser só brincadeira ou mais uma forma de comunicação. É que ao pular e bater com o corpo na superfície da água, eles produzem turbulências que podem ter diferentes significados.
Os saltos mais incríveis são feitos pelos golfinhos rotadores, que pulam mais de dois metros para fora da água ainda fazem piruetas em pleno ar. Um grande grupo dessa espécie vive perto da ilha de Fernando de Noronha. Todos os dias, ao nascer do sol, eles chegam a uma das baias protegidas da ilha para descansar e brincar depois de passar a noite em mar aberto em busca de peixes. Para descansar eles se movimentam lentamente entre a superfície e o fundo da baia, que ficou conhecida como a Baía dos Golfinhos.
Info
A visão é ótima tanto fora como dentro da água. Eles provavelmente conseguem diferenciar cores e perceber o brilho dos objetos.
Os ouvidos ficam bem atrás dos olhos. A excelente audição garante a identificação de muitos tipos diferentes de som, o que permite uma comunicação eficiente.
A boca é cheia de pequenos dentes em forma de cone, bem pontiagudos para cortar os alimentos. Não se sabe muito sobre o paladar dos golfinhos, mas algumas espécies demonstram preferir o sabor de alguns peixes.
A pele lisa ajuda a deslizar na água com mais facilidade. Os cientistas acreditam também que ela tenha sensores de tato, que captam vibrações e informações sobre a temperatura do ambiente.
Ele respira pelo espiráculo, esse buraquinho no alto da cabeça. Dentro da água esse orifício fica fechado.
O cérebro é grande e capaz de executar muitas funções.
O formato do corpo facilita a movimentação na água.
A barbatana dorsal mantém a estabilidade e ajuda a abrir caminho na água, mas não aparece em todas as espécies de golfinhos.
As nadadeiras peitorais são fundamentais para ele se movimentar e parar na água. Elas têm uma estrutura semelhante a de uma mão humana, com estruturas ósseas que parecem cinco dedos.
Você sabia que...
- Há golfinhos que vivem em rios? Eles são chamados de botos. O mais famoso no Brasil é Boto cor de rosa, que vive nos rios amazônicos.
- O maior golfinho que existe é a orca, que atinge até 10 metros?
- O menor é o tucuxi, com cerca de 1,3 metro?
- Experiências comprovaram que os golfinhos conseguem reconhecer sua própria imagem num espelho? Antes acreditava-se que apenas humanos e alguns macacos fossem capaz de se identificar como indivíduos diferentes dos outros.
- Como tem de subir para respirar, os golfinhos não dormem? Eles têm períodos curtos de repouso, mas uma parte do cérebro se mantém sempre alerta.
Ficha dos bicho
Tamanho: de 1,3 metro a 10 metros.
Alimentação: peixes, lulas, camarões e moluscos.
Gestação: até 14 meses.
Onde vive: em oceanos do mundo todo.
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