A gente explica!
Não. Na Antártida, as precipitações não acontecem na forma líquida (chuva) e, sim, na forma sólida (neve). Isso porque a temperatura por lá é muito baixa, inferior a zero graus Celsius. Então, o vapor e as gotas de água que formam as nuvens se transformam em cristais de gelo, que se juntam e dão origem aos flocos de neve. O peso deles faz com que caiam em direção ao solo e deixem a paisagem toda branca.
A parte menos gelada
A Península Antártica ou Antártida é a parte mais ao norte (a única fora do círculo polar) do continente, por isso mesmo é mais “quentinha”, se é que se pode dizer isso. No verão as temperaturas mais altas já registradas lá oram de 1º e 2ºC. No inverno, a média é de –15°C to –20°C. A península é composta de algumas porções de terra cobertas por uma grossa e muito antiga camada de gelo. É uma região muito montanhosa, seus picos mais altos atingem cerca de 2.800 metros de altitude (o Everest, que é a montanha mais alta do planeta, tem 8848 metros). Quanto mais para dentro do continente, mais frio faz – a menor temperatura da Terra, de –89ºC, foi registrada lá.
Ninguém mora lá
Não há população permanente na Antártida, nem registros de que humanos já tenham vivido por lá. Exceto os cientistas, que ficam em estações de pesquisa na Península Antártica e em ilhas próximas, só se encontra focas, pinguins, baleias, e aves marinhas, que se alimentam do que encontram no mar. São 31 países com estações de pesquisa na Antártida e o Brasil também envia cientistas. Conhecer o que acontece na Antártida é muito importante para entender o clima do nosso país.
Prato que se come frio
Na área total do gigante continente branco - que considerando terra e placas de gelo é de 14 000 000 km2 - vivem de tempos em tempos animais que curtem uma friaca. Mais do que o gelo, eles gostam mesmo é do alimento que tem naquela região do oceano, especialmente o krill , um pequeno crustáceo que é a principal "iguaria" da Antártida. Durante o inverno, quando a região congela, muitos animais migram para o norte e só voltam no final da estação. Mas antes disso, vivem lá cerca de dez espécies de baleias, outros tantos peixes, pinguins, aves voadoras e focas.
Férias abaixo de zero
Muita gente vai para uma praia bem quentinha nas férias, mas a Antártida também é um destino turístico de sucesso! Não dá para pegar um bronze ou mergulhar, mas também se trata de dias no mar. Todos os anos cruzeiros saem do Brasil, da Argentina e do Chile e seguem para o sul, numa excursão gelada, mas cheia de aprendizado. Quem chega lá descobre que o gelo pode ter muitas cores além do branco, observa os animais e aprende a respeitar o clima local - mas dorme bem aquecido dentro do navio.
Fenômenos polares
Em lugares muito próximos aos pólos é possível ver alguns fenômenos incríveis no nosso planeta. Como a Antártida está no extremo sul da Terra, durante o verão o sol nunca se põe de verdade, isto é chamado sol da meia-noite. Deve ser difícil dormir assim! Ele acontece por conta da maneira que a Terra fica inclinada em relação ao Sol. Por outro lado, durante o inverno a noite também é permanente. Já pensou passar seis meses no escuro? Já a aurora polar, que quando ocorre no sul é chamada de austral, acontece por causa do campo magnético que existe no planeta e pinta uma incrível tela cintilante no céu!
Fogo no gelo?
E no meio de tanto gelo, um vulcão! Sim, você leu certo, há um vulcão no continente antártico. Ele fica na ilha Ross, em um monte chamado Erebus e é um dos vulcões mais ativos do mundo. Está constantemente soltando fumaça e sempre coberto por grandes cavernas de gelo, que tomam formas curiosas à medida que as correntes de ar quente esfriam e se solidificam. O fato de se localizar em um lugar frio não muda muita coisa na atividade do vulcão, afinal a lava e o calor vêm do interior da Terra.
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